segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Sigo aprendendo

     Esses dias pensei muito a respeito da minha missão como catequista. Como é bom fazer um flash back desde quando começamos até agora. Lá se vai o tempo, arrastando tudo e fazendo tudo novo de novo. Quando fui chamado a ser catequista fiquei muito preocupado em qual tipo de catequista eu seria. Então, criei uma meta para mim, corri atrás (e ainda corro) e procuro fazer o meu melhor em tudo que faço. Nem sempre consigo, mas tudo é escola para melhorar. Hoje, a única diferença é que o tempo me ajudou e eu me sinto muito bem e mais confortável nessa missão. Acredito que ser catequista não é ser “O” teólogo é ser testemunha, mesmo que pequeno. É está aberto a exercer a missão, o dom... É crescer.

     O nosso caminhar constante, é essencial para ir ao encontro com os jovens ansiosos por tudo que se apresente a eles. E esse tudo nem sempre é bom. É também ir de encontro contra tudo que nos tira do nosso caminho. Temos que ter responsabilidade ao caminhar. Às vezes não dá pra esperar e temos que seguir mesmo sem saber o que nos aguarda. A compreensão, a coragem e a paciência foram minhas companheiras durante esses anos como catequista. Sempre encontrei entre os catequizandos alguém que esperava algo. Não que me esperassem, mas esperavam que eu fizesse cumprir a minha missão com amor. Assim, Deus foi lapidando a pedra bruta que há em mim. Vi em todos a possibilidade de serem transformados, inclusive eu. Não faço semelhanças entre eles, pois cada um tem suas individualidades e potencialidades é só saber direcionar e bem aproveitá-las. Mantenho a minha vontade firme, quero melhorar a cada nova catequese, até onde me for permitido ir.

     Experimentei muitas derrotas, mas hoje posso dizer que fiz o meu melhor. Acreditei no potencial de cada um. O catequista deve estimular, provocar e desafiar os seus catequizandos. A palavra deve ser continuada. Se não posso ajudar um catequizando a receber o sacramento, então não sirvo como catequista. A minha missão é aproximar as pessoas de Jesus. Não devemos dificultar as coisas. Enquanto estamos dificultando o mundo facilita. Daí, perdemos almas pela falta de sabedoria, por não sabermos qual é o verdadeiro sentido da missão do catequista.

     Me aproximei para ouvir, participar, sofrer e alegrar-me com todos eles. Tenho que aceitá-los, mesmo que às vezes não seja aceito. Se um deles não vence a derrota também é minha. Se um crismando meu não conseguir crismar, então não fiz um bom trabalho como catequista. Sei que é difícil, mas tenho que aceitar. Vamos refletir sobre a nossa vocação e missão. Temos que reavaliar os nossos conceitos. Estamos aqui para aproximar as pessoas de Cristo e não para afastá-las. Você, que de alguma forma é catequista, reflita! Se todos não conseguiram, tem alguma coisa errada. Nem sempre podemos ganhar isso é fato, mas é preciso perceber os nossos catequizandos. Quais são as dificuldades deles e ajudá-los. Esse ano eu não consegui todos, então a minha vitória não foi completa. É difícil, nem todos querem ser ajudados, mas dá pra tentar ser melhor.

A igreja está em nós! Tudo que semearmos certamente colheremos!

Eli Negreiros

Carta aos meus segredos

Por onde começar ainda não sei. Talvez, por causa do cansaço, comece pelo fim. Meu passo se encheu pressa, meu braço se encheu de peso. ...