Esses dias pensei muito a respeito da minha missão como catequista. Como é bom fazer um flash back desde quando começamos até agora. Lá se vai o tempo, arrastando tudo e fazendo tudo novo de novo. Quando fui chamado a ser catequista fiquei muito preocupado em qual tipo de catequista eu seria. Então, criei uma meta para mim, corri atrás (e ainda corro) e procuro fazer o meu melhor em tudo que faço. Nem sempre consigo, mas tudo é escola para melhorar. Hoje, a única diferença é que o tempo me ajudou e eu me sinto muito bem e mais confortável nessa missão. Acredito que ser catequista não é ser “O” teólogo é ser testemunha, mesmo que pequeno. É está aberto a exercer a missão, o dom... É crescer.
O nosso caminhar constante, é essencial para ir ao encontro com os jovens ansiosos por tudo que se apresente a eles. E esse tudo nem sempre é bom. É também ir de encontro contra tudo que nos tira do nosso caminho. Temos que ter responsabilidade ao caminhar. Às vezes não dá pra esperar e temos que seguir mesmo sem saber o que nos aguarda. A compreensão, a coragem e a paciência foram minhas companheiras durante esses anos como catequista. Sempre encontrei entre os catequizandos alguém que esperava algo. Não que me esperassem, mas esperavam que eu fizesse cumprir a minha missão com amor. Assim, Deus foi lapidando a pedra bruta que há em mim. Vi em todos a possibilidade de serem transformados, inclusive eu. Não faço semelhanças entre eles, pois cada um tem suas individualidades e potencialidades é só saber direcionar e bem aproveitá-las. Mantenho a minha vontade firme, quero melhorar a cada nova catequese, até onde me for permitido ir.
Experimentei muitas derrotas, mas hoje posso dizer que fiz o meu melhor. Acreditei no potencial de cada um. O catequista deve estimular, provocar e desafiar os seus catequizandos. A palavra deve ser continuada. Se não posso ajudar um catequizando a receber o sacramento, então não sirvo como catequista. A minha missão é aproximar as pessoas de Jesus. Não devemos dificultar as coisas. Enquanto estamos dificultando o mundo facilita. Daí, perdemos almas pela falta de sabedoria, por não sabermos qual é o verdadeiro sentido da missão do catequista.
Me aproximei para ouvir, participar, sofrer e alegrar-me com todos eles. Tenho que aceitá-los, mesmo que às vezes não seja aceito. Se um deles não vence a derrota também é minha. Se um crismando meu não conseguir crismar, então não fiz um bom trabalho como catequista. Sei que é difícil, mas tenho que aceitar. Vamos refletir sobre a nossa vocação e missão. Temos que reavaliar os nossos conceitos. Estamos aqui para aproximar as pessoas de Cristo e não para afastá-las. Você, que de alguma forma é catequista, reflita! Se todos não conseguiram, tem alguma coisa errada. Nem sempre podemos ganhar isso é fato, mas é preciso perceber os nossos catequizandos. Quais são as dificuldades deles e ajudá-los. Esse ano eu não consegui todos, então a minha vitória não foi completa. É difícil, nem todos querem ser ajudados, mas dá pra tentar ser melhor.
A igreja está em nós! Tudo que semearmos certamente colheremos!
Eli Negreiros